É sabido que o forno é uma ferramenta imprescindível para o ceramista. Sem ele, o processo de produção não se finaliza. É fundamental endurecer a argila para alcançar o produto final que todos conhecemos, contemplamos e utilizamos. Este equipamento, quando disponível, nem sempre consegue responder plenamente à criatividade artística do ceramista, não se ajustando livremente à obra, como seria desejável, mas sim o contrário, é a obra que se ajusta aos fornos estandardizados. Esta incapacidade entre o projeto plástico e o equipamento é o ponto de partida para o desenvolvimento de uma ferramenta que se ajuste ao propósito autónomo do ceramista, às suas exigências e, sobretudo, possa adequar-se à volumetria das peças a desenvolver. Este entendimento, visa aumentar ou reduzir a capacidade interior do objecto em questão, alterando a largura ou altura da ferramenta, e daí, permitindo diferentes atmosferas, beneficiando em energia, potenciando o trabalho do ceramista e reduzindo custos na produção.

Key words: Cerâmica, ferramentas, etnografia
Orientador: Fernando Brízio.